O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, lançou um apelo de “emergência à comunidade internacional”. O país tem de fazer face “Às carências bloqueadoras”
O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, lançou um apelo de “emergência à comunidade internacional”. O país tem de fazer face “Às carências bloqueadoras”Carlos Gomes Júnior tomou posse do cargo de primeiro-ministro a 2 de Janeiro. Visivelmente emocionado, afirmou que o seu governo resulta de um contrato entre o Partido africano da Independência da Guiné e Cabo Vede (PaIGC), de que é líder, os guineenses e a comunidade internacional. Faço um apelo especial à comunidade internacional no sentido de conceder um apoio de emergência ao país para que o governo possa fazer face às grandes carências bloqueadores do arranque do nosso desenvolvimento.
Privado de receitas internas, o estado não paga aos funcionários públicos há quatro meses. Sem o elenco governativo formado, o novo chefe do futuro executivo guineense aproveitou a cerimónia de investidura para agradecer aos países e instituições que têm apoiado a Guiné-Bissau, nomeadamente Cabo Verde, angola, Portugal, Brasil, França, União africana, Nações Unidas e outros. Carlos Gomes Júnior espera o reforço de apoios ao seu governo, prometendo empenhar-se para que possa haver resultados concretos do contrato que disse existir entre as duas partes.
O novo primeiro-ministro deixou palavras de conforto aos restantes órgãos da soberania, nomeadamente ao presidente da República, com quem mantêm uma relação tensa de há uns anos a esta parte.comprometo-me a desenvolver uma cooperação sincera entre o governo e as demais instituições da República e na criação de um ambiente político favorável assente em relações de confiança recíproca.
O último governo saído de eleições, em 2004, foi chefiado por Carlos Gomes Júnior, tendo sido demitido 17 meses depois da sua investidura. Na altura o presidente guineense evocou a existência de uma crise institucional para tomar a decisão. analistas locais são da opinião que se tratou de uma represália do presidente contra o líder do PaIGC que se tinha posicionado contra a candidatura de Nino Vieira.
O novo primeiro-ministro enumerou algumas características que pretende para o seu governo: boa governação, rigor na gestão da coisa pública, combate à impunidade, ao narcotráfico e a criminalidade. a sua acção pautar-se-á por uma justiça célere, transparente e equitativa para todos os cidadãos.