O secretário de Estado do Vaticano afirmou que o direito à vida «não pode ser negado a ninguém»
O secretário de Estado do Vaticano afirmou que o direito à vida «não pode ser negado a ninguém»Tarcísio Bertone voltou a defender o direito à vida, numa palestra sobre Os direitos humanos no magistério de Bento XVI, nos 60 anos da Declaração Universal . Na sede da Conferência Episcopal Espanhola, o purpurado insistiu que os direitos humanos estão acima da política e também acima do Estado-nação. São verdadeiramente supranacionais, e a sua protecção deve ser uma prioridade para cada Estado.
O cardeal sublinhou que a vida, que é obra de Deus, e como tal, não deve ser negada a ninguém, nem sequer ao menor e indefeso, e muito menos se apresentar graves deficiências. No final de uma visita de três dias a Espanha, Tarcísio Bertone apontou que não podemos cair no engano de pensar que se pode dispor da vida até legitimar asua interrupção, desmascarando-a talvez com um véu de piedade humana.
Contra o aborto, pela vida e pela família, fundada sobre o matrimónio de um homem e uma mulher, unidos por um vínculo indissolúvel, livremente contraído, aberto à vida humana em todas assuas etapas, lugar de encontro entre gerações e de crescimento em sabedoria humana. O número dois do Vaticano reforçou a ideia que os pais têm o direito de escolher a educação que querem dar aos filhos.
O ensino confessional da religião nos centros públicos está de acordo com o princípio de laicidade, porque não supõe adesão nem, portanto, identificação do Estado com os dogmas e a moral que integram o conteúdo desta matéria, frisou. O cardeal Bertone destacou a contribuição do Cristianismo para a igualdade e dignidade da mulher, e lembrou que ainda persiste uma mentalidade que ignora a novidade do Cristianismo.