Do ideário de 1789 (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), este último termo é o item «não legislável» porque «certamente mais anímico»
Do ideário de 1789 (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), este último termo é o item «não legislável» porque «certamente mais anímico»O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais explicou que a dificuldade reside em que nos sintamos realmente próximos, com a verdade que a palavra “irmão/irmã” transporta, enquanto vinculação íntima, disponível e gratuita. E ninguém nos pode “obrigar” a sentir o outro como irmão, ou a nós mesmos como irmãos dos outros, de todos e de cada um dos outros, afirmou Manuel Clemente durante o 7. º Encontro Nacional de Referentes da Pastoral da Cultura que decorreu em Fátima a 29 de Janeiro. O bispo do Porto enumerou algumas sugestões do que em termos mais conclusivos e práticos poderemos insistir numa pastoral assim “cultivada”. O prelado considerou que na consciencialização da raiz religiosa da fraternidade, se encontra a unidade da criação, de que todo o homem é irmão. Manuel Clemente recordou o esforço feito por João Paulo II em prol da fraternidade, lembrando o espírito dos encontros de assis, a transportar para as comunidades. Podendo começar pelas nossas próprias comunidades, na valorização da contribuição diferenciada de cada um dos seus membros e grupos, segundo os respectivos carismas, a bem do todo. Fraternidade é, também, defendeu o bispo, aquilo que manifeste a unidade de origem e destino da nossa humanidade comum, tão expressa na bondade, verdade e beleza essenciais. O tema da próxima Jornada da Pastoral da Cultura, que decorre a 17 de Junho de 2011, em Fátima, será a Fraternidade.