antónio Marto critica classe Política e diz que nova cultura é necessária, baseada na verdade e no bem comum, sem que os interesses político-partidários sejam colocados em primeiro lugar
antónio Marto critica classe Política e diz que nova cultura é necessária, baseada na verdade e no bem comum, sem que os interesses político-partidários sejam colocados em primeiro lugarO bispo de Leiria-Fátima ataca a cultura política existente e apela a que nasça uma outra para encontrar caminhos de diálogo, de colaboração e de consenso que nos permitam sair desta crise de emergência económica e social em que caímos. O prelado defende que é preciso superar uma obsessão irracional e quase demencial de atribuir as culpas uns aos outros, que nada adianta ao bem dos cidadãos, sobretudo aos mais pobres.
Na homilia da 80a peregrinação da diocese ao Santuário de Fátima, o bispo guardou os minutos finais para atacar o sistema político vigente e deixar recados aos políticos. Não haverá renascimento social sem uma nova cultura política que seja capaz de superar os particularismos dos interesses e dos jogos de poder e privilégios partidários, disse.
O prelado não se ficou por aqui, realçou ainda a necessidade de uma nova cultura política que assente nos valores da verdade, da honestidade que afaste toda a corrupção, com base na transparência que não esconde a verdade da situação ao seu povo, frisou referindo-se à actual situação de crise em que o país se encontra. Portugal vai a eleições em Junho, tendo já pedido ajuda ao Fundo Monetário Internacional.
antónio Marto apela ainda aos fiéis a uma vida de mais responsabilidade pessoal, social, que renuncia a uma onda enganadora de irresponsabilidade que se propagou na nossa sociedade. Para ultrapassar a crise, o bispo da diocese de Leiria-Fátima insiste na mudança de critérios e hábitos de vida. Uma vida mais sóbria que renuncie a um consumismo das coisas supérfluas e mais exigente e de mais rigor que renuncie à ilusão do facilitismo, de que tudo é fácil, conclui.