Uma delegação de representantes da União africana está a caminho de Benghazi, Líbia, bastião da revolta contra o ditador Muammar Kadhafi, para se reunir com os revoltosos e encontrar um caminho de saída da guerra civil em que o país mergulhou
Uma delegação de representantes da União africana está a caminho de Benghazi, Líbia, bastião da revolta contra o ditador Muammar Kadhafi, para se reunir com os revoltosos e encontrar um caminho de saída da guerra civil em que o país mergulhouDepois de terem obtido, no domingo, 10 de abril, que o líder líbio Muammar Kadhafi aceitasse a sua proposta de saída da crise, os delegados seguem esta manhã para Benghazi, cerca de mil quilómetros a Leste da capital líbia, depois de terem passado a noite em Tripoli. É sua missão tentar convencer os opositores de Kadhafi a deporem as armas. Trata-se de uma tarefa delicada, uma vez que os chefes da rebelião têm rejeitado qualquer cessar-fogo que implique a manutenção no poder de Kadhafi ou dos seus filhos.
Num comunicado lido pelo comissário para a Paz e Segurança da União africana, Ramtan Laamamra, o plano de ação apresentado prevê a cessação imediata das hostilidades, o encaminhamento de ajuda humanitária para as populações e o início de um diálogo entre as partes líbias para preparar um processo que prevê um período de transição no país. Em conferência de imprensa realizada esta noite, Ramtan Laamamra referiu que o período de transição deve ser acompanhado por reformas políticas necessárias para a eliminação das causas da actual crise, tomando em consideração as aspirações legítimas do povo líbio à democracia.
a delegação que se encaminha para Benghazi inclui os presidentes da Mauritânia, Mali e Congo-Brazzaville e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Uganda. No domingo à noite o chefe de estado sul-africano, Jacob Zuma, deixou a delegação, alegando outras obrigações.