Pouco depois, de Bento XVI exortar ao acolhimento de deslocados e refugiados na sua mensagem de Páscoa «Urbi et orbi», o Vaticano passa das palavras aos factos: uma centena de ciganos é acolhida pela Cáritas
Pouco depois, de Bento XVI exortar ao acolhimento de deslocados e refugiados na sua mensagem de Páscoa «Urbi et orbi», o Vaticano passa das palavras aos factos: uma centena de ciganos é acolhida pela CáritasRefugiados há três dias nos claustros da basílica de São Paulo fora dos muros, em Roma, os nómadas foram acolhidos pela Cáritas de Roma numa sua estrutura social. O próprio Papa enviou à basílica um membro da Secretaria de Estado do Vaticano para exprimir aos ciganos a sua proximidade pessoal. Terminou assim a ocupação pacífica da basílica de São Paulo pelos ciganos expulsos pela Câmara de Roma de um campo abusivo nos arredores da capital italiana. Entre abraços e aplausos, as famílias nómadas saíram por uma porta lateral da basílica e partiram de autocarro para o centro da Cáritas.
a sala de imprensa do Vaticano tornou públicos os sentimentos do Papa sobre este caso. augurou que a disponibilidade da Cáritas abra caminho a uma resolução estável e adequada. a solução provisória foi encontrada depois de um prolongado encontro entre os nómadas que sempre recusaram a proposta do governo de transferir mulheres e crianças para um centro de acolhimento. a Câmara foi informada da solução encontrada, lia-se no comunicado da Cáritas. Roma capital agradece à Caritas romana pela sua intervenção decisiva para resolver a emergência. Trata-se de uma intervenção de carácter humanitário, que não altera em nada a posição da administração romana sobre a emergência dos nómadas, retorquiu o presidente da Câmara.
Vários membros das autoridades romanas mostraram a sua preocupação pela péssima imagem que a cidade está a dar a todo o mundo. Houve mesmo quem chegasse a falar de incrível ausência das instituições neste drama. a própria Câmara, que provocou a emergência da basílica de São Paulo, com as suas desumanas e ilógicas expulsões sem alternativas, não foi capaz sequer de encontrar uma solução para fazer voltar à normalidade a basílica, acusou um autarca da capital. Espera-se que o presidente da Câmara tenha percebido que é urgente parar com o seu plano para os nómadas de Roma.