Um ano depois do homicídio do governador Salmaan Taseer é ainda mais urgente avançar com uma reforma da lei da blasfémia, apela a amnistia Internacional
Um ano depois do homicídio do governador Salmaan Taseer é ainda mais urgente avançar com uma reforma da lei da blasfémia, apela a amnistia InternacionalO governo do Paquistão deve avançar urgentemente com uma reforma das «perigosas leis da blasfémia no país, declarou, ontem, a organização para a defesa dos direitos humanos (aI). a 4 de janeiro recorda-se o assassínio de um responsável político que se opunha à legislação nesta matéria. O governador de Pendjab, Salmaan Taseer, foi morto por uma dos seus guardas costas em 2011, depois de ter tomado partido de asia Bibi. a cristã paquistanesa foi condenada à morte por blasfémia em 2009, apesar das graves irregularidades existentes ao nível das investigações que levaram à sua sentença. «Salmaan Taseer foi assassinado a sangue frio porque tomou partido de uma vítima sem defesa das leis paquistanesas relativas à blasfémia, declarou Sam Zarifi, diretor da aI para a Ásia e o Pacífico.

Em 2009 e 2010, o governo tinha prometido melhorar as leis que lesavam a harmonia religiosa, lembra a organização. Em agosto de 2011, o filho de Salmaan Taseer foi raptado. Receia-se que os sequestradores pretendem negociar a libertação do polícia que assassinou o seu pai. «Estes acontecimentos preocupantes mostram que as leis relativas à blasfémia, tal como são aplicadas, constituem uma ameaça para todos os paquistaneses, pois fazem crer que cada um pode partir para atos de violência e justificá-los em nome da defesa da religião, afirma o responsável. Por fim apela: O governo deve dar a entender de forma clara que «ninguém está acima da lei nem está autorizado a fazer justiça por si mesmo.

*Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico