agricultores do Peru organizam manifestações, pedindo uma reforma agrária e melhores acessos. O governo responde aumentando a força policial na zona e prometendo pequenas ajudas económicas.
agricultores do Peru organizam manifestações, pedindo uma reforma agrária e melhores acessos. O governo responde aumentando a força policial na zona e prometendo pequenas ajudas económicas. O governo do Peru proclamou em 4 de abril, o estado de emergência nas províncias de andahuaylas e Chincheros. a decisão foi motivada pelas “contínuas violações da ordem pública”, fruto da greve dos agricultores da zona. aumentou a presença policial e militar e fica no ar a possibilidade do recolher obrigatório.
a situação é muito complexa. Por um lado, está a questão da compra da produção de batatas. O governo, através do Programa Nacional de assistência alimentar (Pronaa) já anunciou a compra da batata directamente aos pequenos produtores. Segundo o vice ministro da agricultura, Julio Escudero, o governo tem comprado a batata, optando agora por trocá-la por arroz. é um modo de pôr algum dinheiro nos bolsos dos agricultores.
Por outro lado, os agricultores exigem medidas mais radicais. De acordo com a imprensa local, pretendem uma “reforma agrária integral” e a construção da ligação rodoviária entre ayacucho-andahuaylas-abancay. Esta estrada é considerada essencial para o desenvolvimento das duas províncias.
O ministro dos transportes já reconheceu a importância estratégica da estrada, fazendo uma proposta concreta. No entanto o governo recusa o diálogo enquanto durar a mobilização popular.
“São as ordens do presidente alejandro Toledo, para que… , uma comissão vá a andahuaylas para dialogar”, reiterou o vice-ministro. O governo exige a suspensão das manifestações por 72 horas, como condição para mandar delegados e abrir a negociação.
“Queríamos respostas, enviaram-nos os militares”, disse um dos líderes do protesto.