antónio Gaspar foi ordenado há 53 anos e mantém o mesmo lema de sempre: «Nada pedir, nada recusar»
antónio Gaspar foi ordenado há 53 anos e mantém o mesmo lema de sempre: «Nada pedir, nada recusar»Os 53 anos de ministério, celebrados esta quarta-feira, não desviaram antónio Gaspar do seu ideal de missão: «Nada pedir, nada recusar. Natural do arrabal, Leiria, o sacerdote entrou no seminário em Fátima, ainda criança. a inocência não lhe toldou a convicção. «O meu pai disse sempre que podia voltar a casa, se não me sentisse bem. Mas eu senti uma paixão muito grande pelo Instituto e pela missão. E se tivesse que recomeçar tudo de novo, recomeçava como missionário da Consolata, disse à Fátima Missionária. O dia em que ingressou no Instituto dos Missionários da Consolata (IMC) permanece bem vivo na sua memória. « a minha mãe trazia o meu enxoval num cesto de verga e eu vinha com as botas às costas. Só as calcei antes de entrar no seminário, recorda o sacerdote, agora com 78 anos. Depois de uma passagem por Itália, em formação, foi enviado para Moçambique. Foram 15 anos de trabalho evangelizador, sobretudo em Lourenço Marques (Maputo), a capital. Viveu momentos de grande tensão – quando a polícia política (PIDE/DGS) suspeitou que os padres apoiavam a Frelimo – mas prefere recordar os mais gratificantes. E esses resume-os a uma palavra: «ser missionário. De regresso a Portugal, antónio Gaspar, que agora está na Casa de Fátima, tem desempenhado várias funções na estrutura do IMC, destacando-se o envolvimento na pastoral vocacional. através do seu testemunho descomprometido e apaixonado, fez despertar novas vocações em jovens alunos das escolas por onde passou como formador. E é isso que o faz feliz. É isso que o faz sentir a Consolata «como uma família.