Quando ecoará no mundo um único aleluia? as Igrejas de Ocidente e Oriente, “divididas” até na data da Páscoa, teriam maior força e credibilidade se fossem capazes de dar passos para unificar as datas da Páscoa
Quando ecoará no mundo um único aleluia? as Igrejas de Ocidente e Oriente, “divididas” até na data da Páscoa, teriam maior força e credibilidade se fossem capazes de dar passos para unificar as datas da Páscoa a oportunidade de uma única celebração, de âmbito ecuménico, já há algum tempo que está em cima da mesa e já foram feitas propostas concretas nesse sentido. Poderá parecer uma questão menor, mas seria muito mais incisivo escutar todos os cristãos a lançar o grito da esperança em uníssono. Seria de todo conveniente que os cristãos pudessem pôr-se de acordo sobre uma única data de celebração da Páscoa. Para fixar o dia da celebração da Páscoa, seguindo o ritmo da Páscoa hebraica, o primerio concílio ecuménico, o concílio de Niceia, em 325, determinou que a festa da Páscoa se celebrasse no domingo a seguir ao primeiro plenilúnio da primavera. O Papa Gregório XIII, em 1582 reformou o calendário para eliminar as dúvidas que ainda subsistiam, alterando a maneira de calcular a data da Páscoa. No entanto, as Igrejas de Oriente continuaram a seguir o velho calendário chamado juliano. a partir desse momento a Páscoa começou a ter duas datas. Só de tempos a tempos a duas datas podem coincidir. a última coincidência aconteceu em 2011.com o acentuar-se do fenómeno da globalização e das cada vez mais frequentes deslocações humanas, a exigência de uma única data para todas as Igrejas cristãs celebrarem a Páscoa torna-se mais premente. Nas nossas cidades estão cada mais presentes pequenas comunidades de diferentes confissões cristãs e não faz sentido, em 2012, uns celebrarem a Páscoa neste domingo, 8 de abril, e outros no domingo seguinte. Causa estupefação que os cristãos não sejam capazes de se entenderem sobre um ponto tão simples depois dos avanços no campo das ciências que têm a ver com os cálculos do calendário. Esta diversidade torna-se um sinal claro da divisão e da incapacidade dos cristãos se entenderem. O mundo, onde já reinam tantas divisões e ruturas, veria de bom grado um entendimento também neste ponto da data de celebração da Páscoa.