Por vezes, quando nos damos conta de que há um Lázaro a nosso lado, fazemos tudo por ignorá-lo, desculpando-nos com a falta de tempo ou outras falsas razões
Por vezes, quando nos damos conta de que há um Lázaro a nosso lado, fazemos tudo por ignorá-lo, desculpando-nos com a falta de tempo ou outras falsas razõesUm pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão coberto de chagas. (Lucas 16:20)MeditaçãoSe pararmos um momento e pensarmos nos muitos dons que possuímos, muitos dos quais até damos por descontado, veremos que somos muito ricos. Entre eles estão a saúde, a família, os amigos, a paz, a liberdade, o dinheiro, a fé e a educação. Mas por vezes somos também ricos de nós próprios, do nosso ego, tanto que nem sempre nos apercebemos de que a nosso lado há um Lázaro que necessita de nós. Vivemos fechados na casa das nossas preocupações, projetos e ilusões, tanto que não temos outra prioridade que não a nossa felicidade pessoal. E por vezes, quando nos damos conta de que há um Lázaro a nosso lado, fazemos tudo por ignorá-lo, desculpando-nos com a falta de tempo ou outras falsas razões. Mais ainda: por vezes, caímos no erro de nos compararmos com quem está melhor do que nós e passamos a vida a lamentar-nos da nossa pouca sorte, quando na verdade somos mais ricos do que a maior parte das pessoas. De facto, este Lázaro não é só quem está à nossa volta, porque há muitos Lázaros espalhados por esse mundo fora, gente que não tem o mínimo para viver com dignidade e esperança. Pensemos neste três exemplos. Primeiro, os milhões de crianças que nunca poderão aceder a saneamento básico, a água potável, a uma escola, a um emprego, a viajar Muitas nem chegarão a ser adultas. Segundo, pensemos nos milhões de pessoas são obrigadas a fugir da miséria e da guerra, vivendo em campos de refugiados sem o mínimo de condições e, pior ainda, sem saber se os parentes que ficaram para trás estão vivos ou não. Por último, recordemos os milhões de mulheres e crianças que são vítimas do tráfico e escravidão sexual, do trabalho forçado e outras formas de exploração. Estes são apenas alguns exemplos que não podemos ignorar. Certo, não podemos mudar o mundo, mas podemos e devemos lembrar toda esta gente na nossa oração. E se cada um de nós for mais atencioso aos Lázaros que se encontram à sua volta, seremos parte dos que fazem algo para mudar o mundo, pois recusam-se a cruzar os braços. açãoSei quem é o meu Lázaro neste momento da minha vida? Que posso e devo fazer por ele?