é urgente que estas instituições adotem uma gestão profissional, onde o racional de viabilidade económica, com uma gestão de custos, proveitos, parcerias e outras variáveis, sejam de facto uma das prioridades
é urgente que estas instituições adotem uma gestão profissional, onde o racional de viabilidade económica, com uma gestão de custos, proveitos, parcerias e outras variáveis, sejam de facto uma das prioridades a Economia social, conforme já tivemos oportunidade de dar nota em artigos anteriores, tem como principais atores, o Estado, as Instituições Particulares de Solidariedade Social e os particulares. No atual cenário económico, o Estado tem levado a cabo uma série de reformas, que têm afetado a disponibilidade financeira neste setor, através de políticas efetuadas em contra ciclo, uma vez que a recessão económica tem tido um efeito no aumento das necessidades reais de intervenção. Por outro lado, os particulares têm visto diminuir o seu rendimento disponível, o que tem afetado também todas as campanhas de solidariedade e as respetivas receitas (financeiras ou em bens). Perante este cenário, só resta mesmo a intervenção das IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social, que têm como principais fontes de receita os fluxos financeiros do Estado e dos particulares. O Estado intercede de forma direta, com convenções e subsídios, ou de forma indireta, através de programas financiados pelo próprio Estado ou pela União Europeia. O certo é que as IPSS têm sofrido os efeitos dos cortes diretos do Estado, ou de programas financiados por este, e das quebras de donativos dos particulares, o que tem interferido com o desenvolvimento dos seus objetivos e missão. Estes constrangimentos têm levado a que, atualmente, muitas IPSS estejam em situação de precariedade financeira, o que afeta por si só o contributo que procuram desenvolver junto das comunidades. Ora, e de forma a colmatar estas cruéis realidades, é urgente que estas instituições adotem uma gestão profissional, onde o racional de viabilidade económica, com uma gestão de custos, proveitos, parcerias e outras variáveis, sejam de facto uma das prioridades. É que, até há pouco tempo, esta não era uma prática muito visível, não por falta de vontade, mas porque não era uma necessidade sentida. *Economista e Consultor Financeiro