Várias organizações da sociedade civil e movimentos sociais de todo o mundo subscreveram um manifesto a propor um novo modelo de desenvolvimento para o banco dos BRICS, uma organização constituída pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Várias organizações da sociedade civil e movimentos sociais de todo o mundo subscreveram um manifesto a propor um novo modelo de desenvolvimento para o banco dos BRICS, uma organização constituída pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul O modelo de desenvolvimento existente em muitos dos países emergentes e em desenvolvimento está baseado em estratégias e políticas voltadas para a exportação de mercadorias. Este modelo traz prejuízos sociais, é ambientalmente insustentável e gera desigualdades dentro e entre os países, afirmam os responsáveis de várias organizações da sociedade civil e movimentos sociais, que se uniram para elaborar um manifesto onde pedem aos países que integram os BRICS que repensem o atual sistema de funcionamento. No documento, é sugerido que a instituição de financiamento dos BRICS adote alguns princípios fundamentais. Um deles passa por promover o desenvolvimento para todos, pois quando as necessidades das pessoas não são atendidas, os investimentos não geram desenvolvimento. Depois, é preciso apoiar um desenvolvimento inclusivo, acessível e participativo, de acordo com as escolhas das comunidades; ter em atenção a pobreza e as desigualdades, remover barreiras de acesso às oportunidades, respeitar direitos humanos, as culturas locais e o meio ambiente. É ainda defendida a promoção do desenvolvimento sustentável, enquanto espinha dorsal da instituição. Considerando as mudanças climáticas e os seus atuais efeitos prejudiciais sobre o desenvolvimento e a tendência de agravamento para o futuro, os investimentos devem promover soluções de longo prazo, que sejam sustentáveis e deem resiliência. Isso significa respeitar os direitos das comunidades sobre seus territórios e um meio ambiente limpo, rompendo o atual modelo de extração poluidora, predatória e intensiva em recursos naturais que está em curso nos países em desenvolvimento há bastante tempo, refere o manifesto.