Os rebeldes maoístas do Nepal revogaram uma trégua unilateral que durava há já quatro meses.
Os rebeldes maoístas do Nepal revogaram uma trégua unilateral que durava há já quatro meses. Prachanda, líder dos rebeldes, disse que o exército, que recusou interromper as operações militares, tem responsabilidade na decisão de voltar ao conflito armado. Horas depois do anúncio do final da trégua, rebentaram três bombas nas cidades de Pokhara e Bhairahawa. Não houve feridos.
Partidos políticos, grupos de activistas dos direitos humanos e as Nações Unidas apelaram aos rebeldes para que prolongassem a trégua, que terminou à meia-noite de segunda-feira.
Com a trégua houve muito menos mortes, apesar dos rebeldes e o exército continuarem a cometer abusos dos direitos humanos, segundo os observadores no terreno. a decisão dos rebeldes fez aumentar o medo de um aumento da violência.
Os rebeldes dizem ter sido “obrigados a voltar à ofensiva”. “O exército real está a cercar o exército de libertação do nosso povo, que está em posição defensiva. São executados ataques aéreos e por terra”, pode ler-se na declaração dos rebeldes.
O governo de Nepal diz estar pronto para qualquer eventualidade. a Índia, país vizinho, e os Estados Unidos já expressaram preocupação pelo fim da trégua declarada pelos rebeldes.