A semente nunca revela a dimensão do fruto que dará e assim aconteceu com as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Quando São João Paulo II se reuniu com milhares de jovens em Roma, em 1982, e teve a inspiração de marcar encontro com todos aqueles jovens, no ano seguinte, ninguém podia prever o que se iria passar. A partir de então, com uma periodicidade regular, as jornadas foram acontecendo, ganhando identidade e marcando a vida de milhões de jovens, por todo o mundo. Nenhum acontecimento, desde os Jogos Olímpicos, aos Mundiais de Futebol ou até mesmo os memoráveis concertos de música, foram capazes de reunir tanta gente, durante dias seguidos, numa experiência de verdadeira comunhão e evangelização. Uma comunhão assente numa verdadeira partilha – faz parte da natureza das jornadas, o facto dos peregrinos ficarem instalados em casas de famílias, paróquias, escolas, centros desportivos, porque o que está em causa é ser peregrino e não turista.
A evangelização também tem características muito próprias: em primeiro lugar as jornadas estão abertas a todos os jovens, independentemente da sua crença; em segundo lugar, as jornadas não acontecem sem as chamadas ‘pré-jornadas’, isto é, uma semana antes do programa oficial dos três dias, após a chegada do Papa, as dioceses e os movimentos têm um tempo de preparação com as mais diversas iniciativas, todas elas pensadas para que se viva da forma mais profunda possível, a riqueza deste extraordinário encontro.
A data das jornadas vai sendo alterada, de acordo com o país onde acontece, atendendo habitualmente às férias escolares, mas o dia do lançamento foi sempre o Domingo de Ramos, dia em que os símbolos das JMJ, a cruz e o ícone de Nossa Senhora, passam do país que acolheu as anteriores jornadas, para o país que as fará acontecer de novo. Mas o homem põe e Deus dispõe, como diz o nosso ditado, e este ano, por motivos de saúde pública, este grande acontecimento está previsto para o fim de semana da solenidade de Cristo Rei. O dia em que faremos festa, o dia em que vamos trazer para Portugal a cruz das JMJ e o ícone de Nossa Senhora, que serão os nossos guias, na viagem que nos espera até 2022!