A sua casa no noroeste da Síria está em ruínas, mas Hasan Jraybi e os seus 10 filhos decidiram regressar à sua cidade natal destruída pela guerra, tal como muitos outros deslocados que estão a abandonar os acampamentos sobrelotados com receio do novo coronavírus. “Apesar das nossas casas estarem destruídas, decidimos voltar. Tivemos medo da propagação do coronavírus”, contou o homem, em declarações agência noticiosa AFP.
Oficialmente ainda não foi registado nenhum caso positivo de Covid-19 na província de Idlib, o último grande bastião jihadista onde vivem cerca de três milhões de pessoas. No entanto, as organizações não governamentais temem uma catástrofe humanitária se o vírus se propagar na região, sobretudo nos acampamentos lotados, que albergam famílias em condições deploráveis, com acesso limitado a cuidados médicos e a água potável.
Para fugirem a esta situação de miséria, e aproveitando o cessar-fogo em vigor em Idlib, muitas famílias estão a arriscar o regresso, devolvendo vida a cidades como Ariha, onde se começam a sentir os primeiros sinais de uma tímida reconstrução, com vários homens a usar os martelos para derrubar telhados semidestruídos, enquanto outros alinham os blocos de cimento.