Os responsáveis pela Cáritas Portuguesa decidiram disponibilizar “uma verba de apoio às Cáritas Diocesanas que identificaram, neste momento, como principal dificuldade o acesso a bens alimentares”, explicam os serviços de comunicação do organismo humanitário da Igreja Católica, em comunicado.
“O atual programa de apoio terá um orçamento de 130 mil euros, proveniente de fundos próprios da Cáritas Portuguesa, dividido da seguinte forma: 100 mil euros para vales e 30 mil euros para apoios a situações pontuais urgentes”, adianta a Cáritas. Este ‘Programa de resposta social’ vai funcionar “através da atribuição de vales de aquisição que permitam acesso de forma imediata a alimentos e bens essenciais”, destaca a organização.
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, destaca a importância da iniciativa. “Acreditamos estar, desta forma, a dar um sinal à sociedade de que estamos atentos às suas dificuldades e poderemos apoiar a nossa rede agilizando a logística e a segurança das Cáritas Diocesanas no apoio às pessoas que as procuram e, ao mesmo tempo, a salvaguarda a dignidade, autonomia e privacidade dos beneficiários”, refere o responsável, num comunicado da organização.
Os responsáveis pela Cáritas afirmam que vão “continuar a trabalhar para que todos os que estão em situação de maior vulnerabilidade tenham condições para uma subsistência com dignidade”. “A preocupação da Cáritas é proteger a dignidade das pessoas mais vulneráveis e garantir que tudo é feito para que estas possam recuperar a sua vida ou redesenhar o seu caminho”, frisa a organização.
Eugénio Fonseca, lembra que este é um trabalho concretizado a diversas mãos. “É um trabalho que nenhuma organização faz de forma isolada. Apoiamos as famílias em complementaridade com aquilo que é feito pelas autoridades nacionais e locais, bem como outras entidades, através de respostas de apoio social”, indica o responsável.
De acordo com a organização portuguesa, as 20 Cáritas Diocesanas, existentes em todo o país, “sentem um aumento na procura de ajuda em cinco grupos considerados de apoio prioritário: população sénior, famílias e crianças em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de sem-abrigo, reclusos ou ex-reclusos em situação de inserção, migrantes em situação de vulnerabilidade social”.
A Cáritas estima que esta medida “chegue a duas mil pessoas em todo o país”. Todos os anos, a Cáritas presta “resposta a cerca de 100 mil pessoas no atendimento nacional e 40 mil pessoa em respostas sociais”. “A maior preocupação é não deixar ninguém para trás”, afirma o organismo.