A presença de Cristo na vida dos fiéis é o melhor remédio para o “desânimo, o desencanto, o fracasso e a dúvida”, disse Carlos Cabecinhas, sacerdote e reitor no Santuário de Fátima, na Eucaristia a que presidiu na manhã do último domingo, 26 de abril, na Cova da Iria, e que foi acompanhada em direto, através das plataformas digitais, por “mais de cinco mil peregrinos”, segundo os serviços de comunicação do templo mariano.
Aludindo à liturgia daquele domingo, dedicada aos ‘Discípulos de Emaús’, que demoraram a identificar Cristo ressuscitado, Carlos Cabecinhas disse que nestas figuras se encontram representados os percursos de vida daqueles que se deixam dominar pela desilusão, pela tristeza, que têm dúvidas ou que não conseguem interpretar o que se passa nas suas vidas. “Sentimos que a noite caiu sobre nós e por isso precisamos de suplicar ao Senhor para ficar connosco, precisamos de perceber a presença do Senhor que caminha ao nosso lado”, disse o responsável.
Apesar de atualmente os fiéis não poderem participar em Eucaristias, devido à atual pandemia, tal não significa que Cristo não continue presente, demonstrou Carlos Cabecinhas. “É a sua presença que nos guia, nos encoraja e nos dá força”, disse o sacerdote, convidando depois a assembleia digital a percecionar os sinais da presença de Deus “na pessoa que vem ao nosso encontro e que nos anima, nos acontecimentos que nos dão esperança”, na oração que nos dá força, ou, quando é possível, a “consolar e dar ânimo a quem se sente triste”.
O reitor do templo mariano aproveitou a celebração para deixar a sua prece. “Que a celebração da Páscoa, daqui até ao Pentecostes, nos recorde que o Senhor continua a caminhar connosco, a pôr-se a caminho connosco e nos exorte a pedir ao Senhor que fique connosco, que aumente a nossa fé e fortaleça a nossa esperança”, num momento de sofrimento devido aos efeitos da pandemia.