Uma campanha de angariação de fundos, impulsionada pela Comissão Europeia, conseguiu juntar 7,4 milhões de euros para financiar o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus, num exemplo de solidariedade mundial, que contou com a participação dos governos europeus e até de estrelas mundiais, como foi o caso de Madonna que doou um milhão de dólares.
A campanha decorreu na segunda-feira, 4 de maio, e abriu com o anúncio da Comissão Europeia (CE) de que iria fazer uma contribuição de mil milhões de euros. Seguiram-se as doações da França e Alemanha, de 500 e 525 milhões de euros, respetivamente. No final do período de recolha de fundos, a presidente da CE, Ursula von der Leyen, anunciou: “Conseguimos. Juntámos 7,4 mil milhões de euros”.
Ao apelo da Comissão Europeia responderam governos, filantropos, empresários e famosos, cerca de 40 países e duas dezenas de organizações. Os Estados Unidos da América (EUA), porém, ficaram de fora. O Presidente norte-americano, Donald Trump, está em guerra aberta com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e já manifestou a vontade de que os EUA consigam uma vacina antes do final do ano.
Neste momento, segundo a analista Isabelle Marchais, citada pelas agências internacionais, estão em curso mais de 100 projetos de investigação em todo o mundo para a obtenção de uma vacina, oito dos quais estão já a realizar ensaios clínicos nos EUA, na China e na Europa.