Famílias em situação de pobreza em São Tomé e Príncipe receberam “250 quilos de peixe”, doados pela ‘Oikos – Cooperação e desenvolvimento’, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesa, conjuntamente com a sua parceira local, a ‘Marapa’.
Segundo o organismo nacional, “nas próximas semanas está prevista a distribuição de cerca de uma tonelada de peixe, fruto de um plano de emergência criado pela ‘Oikos’ e pela ‘Marapa’, para apoiar as pessoas mais vulneráveis à crise provocada pela Covid-19”.
De acordo com a ONGD portuguesa, “muitas famílias viram os seus rendimentos reduzidos em larga escala, dificultando assim o acesso a bens alimentares diversificados e colocando em causa a sua segurança alimentar”. Com o setor das pescas a ser um dos que mais atingidos pela crise pandémica, “devido à impossibilidade de ter um mercado seguro para venda, redução de rendimentos da população e falta de escoamento através de restaurantes e turismo”, a ‘Oikos’ e os seus parceiros “ativaram um plano de emergência para beneficiar ambas as partes”.
Assim, nas próximas semanas “será feita a entrega de cerca de uma tonelada de peixe para ser distribuído às pessoas mais vulneráveis através de entidades de cariz social como a Cruz Vermelha, Cáritas, Santa Casa da Misericórdia, Projeto Dilembá, entre outras”, informa a ‘Oikos’, em comunicado. “Este peixe será comprado a preço de venda às comunidades de pescadores artesanais, na sua maioria também eles já vulneráveis antes da crise e que estão a sofrer um impacto direto de perda de rendimentos”, acrescenta o organismo português.
A ‘Oikos’ e a parceira local ‘Marapa’ vão ainda apoiar as vendedoras de peixe com “sal ionizado para associações e cooperativas, e gelo para os mercados”. Este plano de emergência vai, assim, “injetar recursos na cadeia de valores da pesca artesanal, fundamental para a segurança alimentar da população em geral no país”.
A ‘Oikos’ e a ‘Marapa’, parceiros e financiadores, esperam assim “contribuir a curto e médio prazo para os esforços de salvaguarda de uma economia vital para muitas famílias” de São Tomé e Príncipe, atingidas pela crise pandémica.
A organização nacional considera que desta forma “será protegida a situação nutricional das famílias mais vulneráveis, ao mesmo tempo que se reduz o estado de pobreza das famílias que dependem do setor pesqueiro para a sua sobrevivência”.