As Nações Unidas vão disponibilizar mais de 35 milhões de euros para ajudar a combater as necessidades sanitárias urgentes de combate ao ébola na República Democrática do Congo (RDC), onde foi detetado recentemente um novo foco da doença. Os fundos visam reforçar os serviços de saúde e o apoio aos sobreviventes.
A nação africana enfrenta um surto de ébola, desde agosto de 2018, que já provocou mais de 2.200 mortos, nas províncias de Ituri, Kivu do Norte e Kivu do Sul. Recentemente foi detetado um novo foco da doença na província de Equador, na região noroeste, o que levou a ONU a acionar o fundo de emergência.
Segundo Mark Lowcock, secretário-geral adjunto de Assuntos Humanitários da ONU, a verba agora disponibilizada vai ajudar a reforçar os serviços de saúde, continuar o apoio aos sobreviventes através dos sistemas comunitários de vigilância, alerta e resposta rápida, e assegurar o fornecimento de alimentos, refúgio, água, apoio sanitário, educação e proteção.
Além do ébola, a RDC enfrenta uma perigosa mistura de crises sanitárias e humanitárias, como o maior surto de sarampo a nível mundial, um deslocamento de pessoas em grande escala, a insegurança e a pandemia de coronavírus.
“Se perdemos de vista a situação em lugares como a República Democrática do Congo, as pessoas vulneráveis que estão envolvidas em círculos viciosos de sofrimento não terão a oportunidade de lutar contra a Covid-19”, assinalou Mark Lowcock.