“Que a solidariedade europeia não seja uma urgência pandémica mas uma marca da sua identidade. Que a ajuda entre povos e países europeus não resulte do medo provocado por um vírus, mas seja um ímpeto do humanismo e da matriz cristã que caracteriza o velho continente. Só com essa determinação asseguramos o nosso futuro e o das gerações vindouras, feito cada vez mais do encontro entre povos, culturas e religiões”, afirmou este sábado, 13 de junho, em Fátima, o bispo auxiliar de Lisboa.
Convidado a presidir à primeira peregrinação internacional aniversária do ano com a presença física de peregrinos, Américo Aguiar centrou a sua homilia na necessidade de uma nova “gramática da hospitalidade”, e de uma “visão mais inclusiva”, assente no contributo das diversas gerações.
“Uma das grandes lições que a humanidade aprendeu com a Covid-19 é que os nossos pequenos gestos podem ter uma consequência não só em relação a quem está próximo, mas também comunitária e mesmo até universal. Perante isto, todos teremos de reaprender a «gramática da hospitalidade»: somos responsáveis pela saúde, o bem-estar, a alegria e a salvação dos outros! A hospitalidade é um ato racional permanente de acolhimento do outro”, sublinhou o prelado.
A peregrinação deste sábado assinala a segunda aparição da Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos e o centenário da chegada da primeira imagem da Virgem Maria ao Santuário de Fátima. A escultura, oferecida por um peregrino de Torres Novas, vai estar exposta esta tarde na exposição “Vestida de Branco”, no Convivium de Santo Agostinho.