O secretário-geral das Nações Unidas publicou uma mensagem em vídeo a alertar para a necessidade de se proteger a população idosa, não só durante o atual contexto de crise sanitária, mas também depois de ultrapassada a pandemia. Embora todas as faixas etárias corram riscos, os idosos enfrentam uma probabilidade maior de mortalidade e de contraírem doenças graves após a infeção.
Na mensagem, divulgada no âmbito do Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, que se assinala esta segunda-feira, 15 de junho, António Guterres recorda que “as decisões difíceis sobre cuidados médicos devem respeitar os direitos humanos e a dignidade de todos”, e pede mais atenção “aos desafios específicos que afetam os idosos, inclusive no campo dos direitos humanos.”
O abuso de idosos é um problema latente tanto nos países em desenvolvimento como nos países desenvolvidos, mas muitas vezes não é reportado. Apesar das escassas estatísticas sobre o tema, estima-se que entre um a 10 por cento dos idosos seja vítima de maus tratos, o que “exige uma resposta global multifacetada, focada na proteção dos direitos dos idosos”, adianta Guterres.
Até 2030, o número de pessoas com 60 anos ou mais deve crescer 38 por cento, passando de um bilião para 1,4 biliões. Nessa altura, o número de idosos irá superar o número de jovens em todo o mundo. Esse aumento será maior e mais rápido nos países em desenvolvimento.