Esta quarta-feira, 17 de junho, assinala-se o Dia do Combate à Desertificação e à Seca e, para assinalar a efeméride, o secretário-geral das Nações Unidas publicou uma mensagem a pedir “um novo contrato com a natureza” para travar um problema que afeta 3,2 mil milhões de pessoas, quase metade da população mundial.
“A saúde da humanidade depende da saúde do planeta”, e, neste momento, “o planeta está doente”, afirmou António Guterres, lembrando que à medida que a população humana aumenta e se torna mais rica e urbana, cresce a procura por terras para fornecer alimentos, ração animal e fibras para produzir roupas. Ao mesmo tempo, a saúde e a produtividade dos solos entram em declínio, agravadas pelas mudanças climáticas.
Cerca de 70 por cento dos solos terrestres já foram transformados pela atividade humana, mas o mundo ainda pode reverter esta tendência, criando soluções “para uma ampla gama de desafios, desde a migração forçada e a fome, até às mudanças climáticas”, sublinhou o líder da ONU.
A ONU estima que o planeta terá 10 biliões de habitantes até 2050 e para responder às necessidades de todas estas pessoas, os estilos de vida precisam mudar, através da ação e da solidariedade internacionais. Se a comunidade internacional tiver sucesso nesse novo compromisso, conseguirá atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e cumprir o objetivo de não deixar ninguém para trás.