Partidos políticos que não tenham uma clara dimensão nacional são um perigo para a paz e prosperidade do bem martirizado povo queniano.
Partidos políticos que não tenham uma clara dimensão nacional são um perigo para a paz e prosperidade do bem martirizado povo queniano.
ainda falta ano e meio para as eleições políticas no Quénia, mas o debate já se apresenta vivo e violento. a situação que se está a delinear é claramente tribalista, ou pelo menos regionalista.
Em 2005, num referendo constitucional, os políticos do oeste e do sul do país reuniram-se numa coligação ad hoc. Conseguiram fazer rejeitar o texto não pelos seus deméritos intrínsecos, mas porque era defendido especialmente pelos políticos do centro do país, muito ligados ao presidente Kibaki.
Foi uma vitória que lhes fez crescer o apetite. Cresce nesses mesmos grupos agora a a perspectiva de se proporem a eleições legislativas como coligação de partidos claramente regionais e bem pouco nacionais.
a democracia como nós a conhecemos diz que isso é possível, mas o bom senso fala de grandes perigos. Se um grupo de regiões vencer eleições nacionais, significa que outras regiões ficam excluídas da governação, criando-se assim um ambiente propício a divisões e a lutas entre tribos.
é habitual em ano de eleições darem-se no Quénia violentos confrontos, de que resultam centenas de mortos e desalojados. Os nossos políticos, na sua cegueira, parece estarem a preparar o terreno para que 2007 seja um ano propício a tais confrontos.