Se o regresso às aulas ou o início de um novo ano letivo já pode ser stressante em tempos normais, na atual fase pandémica os níveis de ansiedade poderão subir e serão necessários cuidados redobrados para gerir as emoções causadas nas crianças e adolescentes, explicando, por exemplo, que as medidas de segurança são fundamentais para proteger a saúde de estudantes e professores e que o distanciamento social pode ser minimizado com o recurso a novas formas de contacto.
Estes são apenas alguns dos conselhos constantes do novo guia lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), para ajudar os pais, alunos e professores a lidarem com a nova realidade provocada pela pandemia de Covid-19.
“Uma das melhores formas de manter as crianças protegidas da Covid-19 e de outras doenças é simplesmente incentivar a lavagem regular das mãos. E esta conversa não tem de ser assustadora. Que tal dizer que enquanto lava as mãos, pode aproveitar e cantar sua canção favorita? É importante ensinar às crianças que os germes e bactérias são invisíveis e que podem se manter nas superfícies por algum tempo. Quando as crianças compreendem o porquê de terem que lavar as mãos, é mais fácil fazer com que elas continuem a tarefa sozinhas”, explica a publicação.
Neste guia, os especialistas respondem a algumas perguntas mais frequentes que se colocam aos educadores neste período, e alertam para a necessidade dos pais estarem atentos aos sinais que possam indiciar ansiedade, ou medo, por exemplo, por causa do bullying e o cyberbullying.
“Algumas crianças podem ter dificuldade para expressar as suas emoções verbalmente, nesse caso esteja atento a comportamentos agressivos e de ansiedade que possam sinalizar algo errado. Incentive os seus filhos a manterem um diálogo aberto e sincero sobre como navegar com segurança pela internet. Fale abertamente com eles sobre como e com quem devem se comunicar online. E assegure-se que eles entendem o valor das interações de apoio, e que o contacto inapropriado e discriminatório não é aceitável em qualquer instância”, adiantam os técnicos do UNICEF.