Um estudo sobre a educação a nível global, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), revela que menos de 10 por cento dos países têm leis sobre a garantia total de inclusão no setor educativo e que cerca de 40 por cento das nações não têm como apoiar os alunos no ensino à distância durante esta crise pandémica.
De acordo com a agência da ONU, há 258 milhões de crianças e jovens em situação de “exclusão total” da educação, continuando a pobreza a ser o principal obstáculo no acesso ao ensino. Os países de médios e baixos rendimentos são os mais atingidos, sobretudo em tempos de recessão como o que se vive atualmente.
Para Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, estes dados demonstram que “repensar o futuro da educação é ainda mais importante após a pandemia de Covid-19, que aumentou ainda mais e colocou as atenções sobre as desigualdades”. “A falha em agir impedirá o progresso das sociedades”, sublinhou.
Neste sentido, a responsável incentiva os países a concentrarem-se “nos mais esquecidos” na reabertura das escolas, e a promoverem sociedades mais resilientes e equilibradas. Audrey Azoulay alerta ainda que “para enfrentar os desafios atuais é imprescindível uma mudança em direção a uma educação mais inclusiva”.