O governo espanhol começou esta semana a distribuir o Rendimento Mínimo Vital, um novo apoio destinado a minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 nas famílias com menores rendimentos. “Mais do que uma prestação económica, trata-se de uma política social para ajudar as pessoas vulneráveis a viver melhor”, descrevem os governantes.
A Cáritas espanhola tem recebido cada vez mais pedidos de alimentos, mas também de ajuda com os trâmites burocráticos para requerer o novo subsídio. Segundo Rocío Jiménez Daza, voluntária na instituição tutelada pela Igreja Católica, parte dos requerentes está há anos sem trabalhar e nem sequer tem correio eletrónico ou computador.
É o caso de Claudia e Santos Illera, que chegaram recentemente a Espanha e viram esgotar-se as poupanças que tinham trazido da Venezuela. Vivem em casa de um familiar e a idade já se tornou um obstáculo na procura de emprego. Com uma filha menor a seu cargo, a medida do executivo é encarada como uma tábua de salvação.
O objetivo do Rendimento Mínimo Vital é acabar com a pobreza que já existia e que foi agravada pela pandemia, como o provam as filas de pessoas que se formam todos os dias à espera de receber alimentos. De acordo com o governo, a medida chegará a mais de 850 mil lares para benefício de dois milhões e trezentas mil pessoas.