A embaixadora da União Europeia (UE) na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, recebeu ordem de expulsão do país na noite desta segunda-feira, 29 de junho, depois do executivo comunitário ter anunciado novas sanções a 11 funcionários do regime de Nicolás Maduro.
“Quem são eles para sancionar, para se tentarem impor com a ameaça? Quem são? Basta! É por isso que decidi dar à embaixadora da UE em Caracas 72 horas para deixar o nosso país e exigir respeito da UE”, afirmou o Presidente da Venezuela durante uma intervenção televisiva.
Na lista de venezuelanos acusados de “atuar contra o funcionamento democrático da Assembleia Nacional e de violar a imunidade parlamentar” dos deputados, inclusive do líder opositor e presidente daquele órgão, Juan Guaidó, estão deputados, procuradores, magistrados e outros detentores de cargos públicos. Estão proibidos de entrar no espaço europeu e os seus ativos ficam congelados.
A expulsão da embaixadora já foi condenada pelos governos de vários países da América do Sul, entre eles a Colômbia, Bolívia e Paraguai. “Rejeitamos a decisão tomada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro. Continuamos o nosso apelo à comunidade internacional para impedir a tirania em nosso país irmão”, reagiu o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia numa publicação nas redes sociais.
O mesmo aconteceu com o chefe da diplomacia europeia, que já prometeu medidas de “reciprocidade” em resposta à decisão do Presidente Maduro. “Condenamos e rejeitamos a expulsão da nossa embaixadora em Caracas. Tomaremos as medidas necessárias de reciprocidade”, escreveu o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, na sua conta na rede social twitter.