O Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) vão receber três milhões de euros da União Europeia para implementar o projeto Ação Pró-Resiliência nas províncias moçambicanas de Tete e Gaza. O objetivo é “fortalecer a resiliência de comunidades vulneráveis e com insegurança alimentar, e melhorar a capacidade dos sistemas de proteção social, para melhor adaptação e resposta aos impactos das mudanças climáticas”, explicaram, em comunicado, as agências da ONU.
A iniciativa decorre durante três anos e adotará um modelo de financiamento baseado em previsões, que permite ações antecipadas para mitigação de desastres nos níveis da comunidade e do governo, e o fortalecimento das comunidades e instituições na gestão dos desastres climatéricos, como secas, inundações, ciclones e tempestades.
Segundo Hernâni da Silva, representante da FAO em Moçambique, estão previstas atividades que visam “aumentar a resiliência e a produtividade dos agricultores, promovendo práticas agrícolas inteligentes, melhorando a produção animal com melhor acesso a alimentos e serviços de saúde animal, e o uso de informações climáticas”.
A agência pretende ainda criar 40 escolas nos campos de cultivo para beneficiar cerca de mil famílias nos distritos de Guijá e Mabalane, província de Gaza, que são propensos a seca. Será dada prioridade às famílias chefiadas por crianças, mulheres com crianças, pessoas acamadas, idosos e pessoas com deficiência.
Ao mesmo tempo, o PAM irá trabalhar com as instituições ligadas a meteorologia, alimentação, ação social e gestão de calamidades para coordenação de ações humanitárias. “Como os choques estão a tornar-se mais recorrentes na natureza, e há menos tempo para as pessoas afetadas se recuperarem, é necessário fortalecer a sua resiliência aos choques climáticos”, adiantou representante da agência, James Lattimer.