A Fundação Calouste Gulbenkian e o ‘Camões – Instituto da Cooperação e da Língua’, vão conceder um apoio, na ordem dos 35 mil euros, ao Hospital de Cumura, na Guiné-Bissau, de forma a permitir a “reabilitação da unidade de produção de oxigénio medicinal” daquele espaço, que se encontra “atualmente inoperacional”, e que “acolhe grande parte dos pacientes que sofrem de insuficiência respiratória, nomeadamente de Covid-19”, explicam os envolvidos no projeto, em comunicado.
Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, a oferta vai permitir “restaurar a capacidade produtiva de oxigénio medicinal, de forma gratuita, para as estruturas públicas do país, esperando-se que, até final de julho, possa ser reposto o abastecimento, de forma ininterrupta, às unidades de cuidados aos pacientes com Covid-19 em três instituições sociais e públicas”.
De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Guiné-Bissau encontra-se no topo da lista dos países com o sistema de saúde “mais frágil, o que constitui um obstáculo substancial a intervenções adequadas para impedir a propagação do vírus, sendo já o 8.º país do continente com maior número de casos por milhão de habitantes”. O Hospital de Cumura é considerado uma “instituição de referência para a Tuberculose e HIV no país, o que permite que o atual apoio tenha repercussões positivas para além do atual quadro pandémico”, destaca a Gulbenkian.