A população da África Central e Ocidental está a passar por uma situação crítica devido ao impacto da pandemia de Covid-19, estimando-se que mais de 57 milhões de pessoas enfrentem este ano problemas de insegurança alimentar, alerta a porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM).
“Mesmo antes da pandemia, estimava-se que mais de 21 milhões de pessoas lutavam para atender às suas necessidades alimentares”, um flagelo que se agrava agora com o aumento do preço dos alimentos e que pode fazer subir em 18 por cento o número de crianças desnutridas na região em 2020, para 11,6 milhões, sublinha Elisabeth Byrs.
Segundo a responsável, a agência tem capacidade para ajudar 23 milhões de pessoas, mais 8,9 milhões do que o inicialmente previsto para este ano, mas mantém-se a preocupação com o aumento da vulnerabilidade das populações locais, devido ao encerramento das fronteiras e dos mercados ao ar livre, a que se junta o período de seca.