A redução da atividade produtiva, num país que enfrenta há anos uma grave crise económica, está a mostrar a outra face da pandemia na Argentina. Um relatório recente das Nações Unidas estima que, até ao final do ano, 58,6 por cento das crianças argentinas fiquem mergulhadas na pobreza, um aumento de 5,6 por cento em relação a 2019.
“Já temos um nível de crescimento da pobreza que vai muito além do que a Argentina poderia prever nos seus piores pesadelos. Trata-se de um forte aumento da pobreza e falamos também de mais ou menos 58,6 por cento de pobreza ao nível de meninos, meninas e adolescentes”, assinalou às agências internacionais o coordenador residente da ONU, Roberto Valent.
Enquanto a Argentina negoceia a reestruturação de uma dívida externa de 65 mil milhões de dólares, os economistas preveem que o seu Produto Interno Bruto (PIB) caia cerca de 12 por cento este ano, o que poderá afetar até 850 mil empregos, adiantou o representante das Nações Unidas.