Cáritas
Foto: Cáritas França

A Cáritas Europa, em conjunto com 11 organizações sociais da Europa, apelou à União Europeia (UE) que crie um Fundo de Emergência para os Serviços Sociais durante a pandemia, profundamente afetados pelo aumento de pedidos de ajuda e pelas adaptações de funcionamento de acordo com os regulamentos nacionais de confinamento.

Os serviços sociais, “que agora são mais essenciais do que nunca, especialmente para os vulneráveis entre nós, enfrentam a escassez de equipamentos de proteção individual (EPI), financiamento, reconhecimento e apoio geral em nível de políticas nacionais e da União Europeia”, refere o documento.

Responsáveis pela assistência e apoio a milhões de pessoas na Europa, com ajudas a idosos, pessoas com deficiência, crianças e jovens, pessoas em risco de pobreza, desabrigados, migrantes e pessoas que sofrem violência doméstica, entre outros, os serviços sociais são também essenciais para o mercado e a economia europeias, pois ajudam a criar empregos para 11 milhões de trabalhadores, cinco por cento da força da força total de trabalho da UE, e com um aumento na 24 por cento nos últimos 10 anos.

Neste sentido, as instituições subscritoras da declaração consideram que fundos europeus destinados aos serviços sociais devem ser encarados como um investimento e não como um custo. “Os serviços sociais são essenciais, no entanto, não são suficientemente reconhecidos como essenciais, porque, com muita frequência, são considerados apenas como uma tarefa de última hora”, pode ler-se na nota.

O documento exige ainda “ações urgentes” para o setor social, tendo em conta que o impacto económico e social da crise gerada pela pandemia de Covid-19 levará a uma maior procura de prestadores de serviços sociais, que não estão em posição para enfrentar esse desafio. “Muitas pessoas ficam sem o apoio a que têm direito; muitos profissionais e voluntários não podem fornecer apoio em condições seguras; muitos provedores de serviços sociais enfrentam problemas financeiros e riscos organizacionais”, alertam as instituições.