O mais recente relatório sobre a evolução do mercado de trabalho divulgado esta terça-feira, 7 de julho, pela Organização para o Comércio e Desenvolvimento Económico (OCDE), indica que o nível de desemprego no conjunto dos Estados-membros no final deste ano “será pior” que o registado durante a crise financeira de 2008.
De acordo com as estimativas da organização, o emprego cairá, em média, 4,09 por cento no final de 2020, e essa percentagem poderá aumentar para 4,98 por cento se houver uma segunda vaga da pandemia. Em fevereiro, antes dos primeiros efeitos do confinamento, a taxa de desemprego da OCDE era de cinco por cento, tendo aumentado para 8,4 por cento no mês de maio, uma décima acima do pico registado na crise financeira global de 2008-2009.
Até o final de 2021, a taxa de desemprego nos países da OCDE recuará, mas permanecerá muito alta nos 7,7 por cento, se a recuperação da economia se materializar conforme esperado, referem os especialistas, adiantando que no caso de um cenário de um segundo surto da pandemia, a taxa de desemprego média dos países da OCDE situar-se-ia em 8,9 por cento.
A Colômbia lidera a queda no número pessoas empregadas, entre 10,63 por cento e 12,58 por cento, no cenário de uma nova onda da pandemia de Covid-19, sendo o país da OCDE que maior revés terá devido à sua situação inicial e à situação difícil na América do Sul. A seguir, surgem os Estados Unidos da América com uma queda do número dos empregados que se situará entre 8,15 e 9,84 por cento, Irlanda (6,67 e 8,21), Portugal (5,65 e 7,10) e a Espanha (5,28 e 6,38), se ocorrer uma segunda vaga da pandemia.