O governo de Cabo Verde está a preparar o alargamento da atribuição do Rendimento Social de Inclusão a 8.000 famílias em situação de pobreza extrema, devido à crise provocada pela pandemia, e esse número poderá subir para 11.600 agregados familiares, caso se confirme um novo mau ano agrícola, em consequência da seca.
O subsídio, no valor de 89 euros, foi criado inicialmente para o período do estado de emergência – de 29 de março a 29 de maio -, que vigorou de forma diferenciada no arquipélago para conter a propagação da Covid-19.
Mas com a necessidade de responder também à situação de seca severa registada nos últimos três anos, o governo decidiu prolongar o programa e reforçar as “medidas de segurança alimentar e nutricional” para beneficiar 22.500 famílias em situação de risco de insegurança ou crise alimentar, explicou o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante o debate parlamentar para votação da proposta de Orçamento Retificativo para 2020.