“A Amazónia entre projetos de vida e de morte”. É este o tema de uma roda de conversa que acontece através das plataformas digitais nesta segunda-feira, 13 de julho, a partir das 19h00 de Portugal. A iniciativa deverá reunir participantes provenientes de países como o Brasil, Colômbia e Peru.
“Esta roda de conversa resulta da necessidade de refletir sobre a importância vital da Amazónia (…), que se constitui numa macrorregião que excede os contornos dos Estados. A proposta é refletir sobre o peso epistémico da Amazónia, que continua a ser subestimado por uma racionalidade instrumental causada pela máquina da morte: capitalismo-colonialismo-racismo. Posteriormente, o debate visa articular o contexto comum que sofrem os diferentes povos da região compreendida entre Brasil, Colômbia e Peru, a fim de refletir sobre algumas propostas que podem levar a um pensar próprio, autónomo e emancipador que renovem as lutas contra os contra os extrativismos epistémicos, económicos, culturais, políticos e cognitivos”, explicam os envolvidos a organização do evento, em comunicado.
Entre os intervenientes encontram-se Juan Alberto Cortés Gómez, filósofo e professor na Universidad Nacional de Colombia, assim como Ketty Marcelo Lopes, líder do povo Yánesha Ashaninka (Peru), da Selva Central Región Junín, e Coordenadora Nacional da Organización de Mujeres Indígenas Amazónicas Asháninkas de la Selva Central.
A sessão prevê também a participação de Nara Baré, envolvida na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), e que intervirá a partir do Brasil. Também do Brasil, participará Pedro Martins, advogado popular da organização de Direito Humanos Terra de Direitos, com sede em Santarém, Pará.
A roda de conversa é organizada por Luana Coelho, do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, por Edwin Medina, da Universidad del Sinú (Colômbia), por Pedro Martins, da Terra de Direitos, e por Juan Cortes, da Universidade Nacional de Colombia. A sessão vai decorrer através da plataforma Zoom, sendo limitada ao número de vagas disponíveis.