A pandemia levou ao encerramento das escolas em Moçambique a 23 de março, e, com um acesso “quase nulo” a smartphones ou a televisão, sobretudo nos meios rurais, a opção tomada pela “maioria das escolas” passou pela “distribuição aos estudantes de folhas de exercícios elaboradas pelos professores, que deveriam ser recolhidas na escola e resolvidas em casa”, conforme explica a Helpo, uma organização não governamental para o desenvolvimento portuguesa.
A opção tomada pelas escolas apresentou “muitos obstáculos”, tais como as “grandes distâncias” que os estudantes precisavam de percorrer até à escola, uma vez que “muitos regressaram para junto das suas famílias durante a suspensão das aulas”, ou ainda a “falta de condições económicas para pagar as fotocópias”.
Perante este cenário, a existência do programa ‘Futuro maior’, permitiu à equipa da Helpo, em Nampula, “apoiar todos os meninos e meninas apadrinhados do ensino secundário da Escola Secundária do Anchilo, da Escola Secundária Marcelino dos Santos, da Escola Secundária de Natôa e da Escola Polivalente São João Baptista do Marrere”. Tal apoio “traduziu-se na reparação de uma fotocopiadora e na entrega de material de impressão a todas as escolas, nomeadamente toner e papel”. A iniciativa beneficiou “um total de 525 estudantes”.