Um grupo de sete especialistas, entre elas a relatora das Nações Unidas sobre violência contra mulheres, apelaram esta semana à ação urgente dos Estados para combater o que consideram ser uma “pandemia de violência de género e discriminação contra as mulheres”, provocada pelos confinamentos ordenados para travar a propagação da Covid-19.
“A menor intervenção policial, fecho de tribunais, refúgios e serviços essenciais para as vítimas protegeram os perpetradores e agravaram os riscos que mulheres e raparigas enfrentam”, denunciaram as especialistas, face ao aumento dramático de casos de agressões domésticas, incluindo feminicídios e abusos ataques sexuais.
Em comunicado, as sete signatárias, entre elas a presidente da Comissão da ONU para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, Hilary Gbedemah, e a chefe do Grupo de Peritos do Conselho da Europa sobre Violência contra as Mulheres, Marceline Naudi, são destacados também os danos que as mulheres têm sofrido devido a limitações nos serviços de saúde e reprodutivos, o aumento das responsabilidades em matéria de cuidados ou encerramento de escolas.
“Enquanto o mundo luta para conter a pandemia da Covid-19, apelamos a todos os Estados que aproveitem para reforçar os esforços já feitos para promover e proteger os direitos das mulheres em todas as esferas da vida”, reclamam as especialistas.