Uma pesquisa do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC, na sigla em inglês) revela que, entre 2016 e 2017, foram apreendidas cerca de 550 mil armas de fogo em 81 países. Angola foi o país africano com mais apreensões, e na Europa, Portugal foi o que mais armas confiscou durante operações contra o tráfico de droga.
Segundo Gjada Waly, diretora executiva da agência, está claro que as armas de fogo facilitam e multiplicam os casos de crimes de violência em todo o mundo, estando o número de homicídios relacionados com a posse de armamento – 54 por cento dos assassinatos são praticados com armas de fogo.
O estudo comprova que quase todas as armas têm origem na América do Norte, Europa e Ásia Ocidental, e a representante do UNDOC acredita que “pode apoiar os governos na aplicação da lei e da justiça criminal para detetar e interromper fluxos ilícitos, desmantelar as organizações e redes criminosas responsáveis e levar os autores a justiça”.
Em média, cerca de dois terços das apreensões acontecem devido à posse ilegal. Mais tarde, no entanto, as autoridades descobrem que uma parte considerável dessas armas foram traficadas para algum país antes de serem apreendidas.