A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou esta semana um alerta para as “lacunas críticas de financiamento” que estão a comprometer a luta contra o surto de ébola, que continua a crescer na província de Equador, na República Democrática do Congo (RDC).
“A resposta ao ébola no contexto da pandemia da Covid-19 em curso é complexa, mas não podemos deixar que nos distraia de enfrentar outras ameaças prementes à saúde”, afirmou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.
Segundo a responsável, “o atual surto está a esbarrar com ventos de proa, porque os casos estão espalhados por áreas remotas, em densas florestas tropicais, o que faz com que a resposta seja dispendiosa, e assegurar que tratamento e abastecimentos chegam às populações afetadas é extremamente desafiante”.
Até agora, a agência mobilizou cerca de 1,5 milhões de euros para resposta à doença, mas esta verba durará apenas mais algumas semanas. “Um apoio adicional torna-se, assim, necessário para que possa rapidamente aumentar os esforços da OMS, das autoridades sanitárias da RDC e dos parceiros, para assegurar que todas as comunidades afetadas recebam os cuidados básicos, incluindo a educação sanitária e envolvimento da comunidade, vacinação, testes, rastreio de contactos e tratamento”, adiantou Moeti.