“A América Latina e as Caraíbas precisam de lutar urgentemente por um novo pacto social, um instrumento político baseado num diálogo amplo e participativo que ponha em marcha acordos e permissões para enfrentar a contingência e repensar a reativação pós-pandémica de Covid-19”, afirmou, esta semana, a secretária executiva da Comissão Económica para a América Latina (CEPAL).
Durante uma cimeira ministerial sobre inclusão social, Alicia Bárcena destacou que a região enfrenta uma encruzilhada de civilização, um momento excecional para repensar e preparar o futuro com o fortalecimento do papel do Estado, do mercado e da sociedade.
“Este ano, a pobreza na América Latina aumentará em 7,1 pontos percentuais (mais 45,4 milhões de pessoas) em relação ao ano passado, elevando para 230 milhões o número de habitantes em situação de pobreza, o que representa 37 por cento da população daquela região”, adiantou Bárcena, reclamando “assistência de liquidez de emergência, direitos especiais de resgate, isenções comerciais, serviços de dívida assistência humanitária”, tal como havia defendido o secretário-geral das Nações Unidas.