O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) já está no terreno a fornecer apoio nutricional e psicológico a crianças separadas dos pais por força da doença, em conjunto com os parceiros locais, mas reclama a mobilização urgente de recursos financeiros para enfrentar o novo surto de ébola que alastra no oeste da República Democrática do Congo (RDC).
Declarado no passado dia 1 de junho, o 11º surto de ébola no país já infetou 62 pessoas e matou 27, entre elas duas crianças. E pelo menos três dezenas de menores foram separados dos pais, o que os torna mais vulneráveis e a necessitar de assistência especializada.
O número limitado de organizações no terreno, a fatiga dos doadores com o ébola na RDC e a pressão adicional que a crescente epidemia da Covid-19 tem vindo a colocar sobre o debilitado sistema de saúde do país, estão a dificultar as operações.
“Quer estejam infetadas, ou vejam os pais ou outros membros da família infetados, as crianças necessitam de cuidado especializado e apoio, tanto físico, como psicológico”, sublinha Edouard Beigbeder, representante do UNICEF no país africano.
Em 2018, um surto de ébola na mesma província foi controlado dentro de apenas dois meses, graças à velocidade e à escala da resposta e o apoio dos doadores. Agora, como os recursos não estão alinhados com o evoluir do surto, é feito um novo pedido de apoio aos parceiros nacionais e doadores internacionais.