O grande incêndio que nos últimos fustigou a zona de Oleiros, e que consumiu cerca de 6.000 hectares de área florestal, está a deixar apreensiva a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco, devido ao impacto económico e social que pode ter nas comunidades locais.
“Estamos apreensivos com os prejuízos infligidos a estas comunidades, que todos os anos vêm o seu património consumido pelas chamas, sem que sejam tomadas medidas eficazes de prevenção”, afirmou o presidente daquele organismo, em declarações à agência Ecclesia.
Segundo Elicídio Bilé, a Cáritas está disponível para cooperar no apoio às populações, apesar de até ao momento não terem surgido ainda pedidos de auxílio, “tendo em conta que o levantamento ainda está a ser feito pelos gabinetes técnico de ação social das autarquias e pelos respetivos párocos”.
A organização católica lamentou ainda a morte de Diogo Dias, bombeiro de 21 anos, que foi vítima de um acidente no quadro de operações: “Lamentamos as perdas de vidas dedicadas ao apoio às populações, sobretudo um jovem e abnegado bombeiro natural de Proença-a-Nova que deu a sua vida a cuidar da vida do seu semelhante”.
O incêndio deflagrou no sábado em Oleiros e propagou-se aos concelhos de Proença-a-Nova e Sertã, tendo sido dado como dominado na manhã desta segunda-feira, 27 de julho. Para Elicídio Bilé, é preciso fazer mais para evitar que estas tragédias de repitam. “Pensamos que não podemos continuar a olhar para as cinzas que resultam da ineficácia de quem deveria preveni-las e de podermos agir a montante dos problemas”, asseverou.