A onda de violência que se tem registado nas ruas de Makeni, a capital da província no norte da Serra Leoa, fez soar os alarmes de um possível conflito social, tendo em conta o passado recente da Serra Leoa, feito de guerra civil e atrocidades. A Igreja Católica, pela voz do administrador apostólico local, já apelou à calma e à reconciliação.
Segundo testemunhos recolhidos pela agência Fides, os primeiros incidentes graves entre as forças de segurança e jovens manifestantes registaram-se em meados de julho, devido à transferência de um gerador de energia. Mas há quem atribua o agudizar dos confrontos à interferência de diferentes fações políticas, numa sociedade altamente polarizada.
Numa carta dirigida aos fiéis, o administrador apostólico, Natale Paganelli, convidou-os a continuarem a procurar e a viver a paz e a unidade, lembrando que essa é “a única forma de garantir o desenvolvimento e a prosperidade do país”. Os representantes da Igreja consideram ainda absurdo que este tipo de incidentes se verifiquem num momento em que a Serra Leoa está a lidar com a pandemia de Covid-19.