Um programa de emergência desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), com financiamento da Bélgica, vai distribuir sementes de milho e feijão por mais de 1.300 famílias de agricultores cabo-verdianos, para ajudar a enfrentar os efeitos da seca que assola o arquipélago há três anos, agora agravados pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
De acordo com os responsáveis da FAO, o projeto visa “assistir as autoridades responsáveis pela agricultura na preparação e implementação da campanha agrícola 2020/21” em Cabo Verde, “fornecendo os meios necessários para apoiar os agricultores mais vulneráveis que operam no setor agrícola de sequeiro”.
Ao abrigo deste programa, vai ser possível adquirir e distribuir “sementes de culturas de sequeiro para a sementeira”, bem como “adquirir e acumular” produtos fitossanitários nas ilhas e municípios “onde o risco de ataques de pragas é maior”, adiantam.
Em janeiro deste ano, o governo cabo-verdiano declarou a situação de emergência hídrica em todo o país até outubro, devido à seca acumulada nos últimos três anos, admitindo neste período limitações temporárias ao consumo de água. Desde 2017 que as chuvas que caem no arquipélago têm sido insuficientes para evitar uma seca extrema e prolongada e consequentes maus anos agrícolas, que têm levado o país a pedir ajuda internacional.