A atual onda mundial de frustração perante a discriminação racial e a injustiça social colocou em relevo uma realidade preocupante: que os grupos marginalizados continuam a enfrentar desafios para ter acesso a oportunidades iguais e a possibilidade de exigir a prestação de contas, alertam os especialistas do Banco Mundial.
As populações vulneráveis ou minoritárias, como os afrodescendentes na América Latina, os ciganos na Europa e os povos indígenas no Vietname, são frequentemente mais expostas aos efeitos nocivos da crise. A discriminação a todos os níveis, além da relativa falta de acesso aos sistemas de saúde, educação e emprego, é desanimadora na hora de enfrentar os desafios, uma realidade posta a descoberto pela pandemia de Covid-19.
Neste sentido, os responsáveis pela instituição tutelada pela ONU indicam que o foco de atenção deve estar no aumento do acesso a trabalhos decentes, e em melhores serviços e meios de subsistência mais seguros que ajudem as pessoas habitualmente excluídas a participar plenamente na sociedade e a viver com dignidade.
Para alcançar esses objetivos, o Banco Mundial sugere que se aproveitem as décadas de conhecimentos operacionais, investigação e experiência sobre os impactos da exclusão que aconselham ao reforço da participação cívica, à inclusão das mulheres, povos indígenas, pessoas com deficiência e minorias sexuais e de género.