Os “milhões de pobres” e os “milhões de refugiados” que fogem, “os migrantes” que são “explorados” e os deslocados à força, “todos têm direito” a celebrar a vida, sublinhou José Traquina, bispo na diocese de Santarém, que se encontra em Fátima a presidir às celebrações da peregrinação de agosto.
“Os homens e mulheres que eram como ovelhas sem pastor, são hoje os atuais milhões de pobres em todo o mundo, os milhões de refugiados que têm de fugir como Jesus para terem vida, os migrantes que, por desconhecimento das formas legais de emigrar, são explorados por contrabandistas e traficantes, os milhões de pessoas deslocadas forçadamente dentro do seu próprio país, por falta de segurança. Todos estes têm direito à festa nupcial”, disse o também presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana.
A abordagem feita pelo prelado na manhã desta quinta-feira, 13 de agosto, partiu do relato do Evangelho, lido na Missa Internacional, dedicado à festa de casamento em Caná da Galileia. O prelado lembrou que a festa é um sinal de “alegria comunitária”, que “dá sentido à vida humana”, e que todos têm o direito a participar na festa “convocada por Deus”. José Traquina concluiu a homilia da Missa Internacional desejando que Nossa Senhora, “conforto dos migrantes”, possa “acompanhar e interceder por todos os que buscam um futuro de vida com maior Luz e onde seja possível a festa da vida”.