António Marto, cardeal e bispo na diocese de Leiria-Fátima, dirigiu esta quinta-feira, 13 de agosto, em Fátima, a tradicional saudação final aos peregrinos, antes do início da procissão do adeus. O cardeal deixou um “abraço espiritual” aos migrantes. “É sempre bela esta peregrinação de agosto, sobretudo por esta característica particular de ser dedicada a todos os migrantes: a todos os nossos irmãos que trabalham no estrangeiro e que hoje estão aqui a representar diferentes povos, mas irmanados na mesma fé e amor, formando uma só família, para além de todas as diferenças”, disse o bispo diocesano.
António Marto saudou também José Traquina, que presidiu às celebrações, e demonstrou-lhe a sua gratidão pela mensagem “interpeladora e bela”, na qual pediu o “reforço dos laços da solidariedade e da partilha fraterna”, assim como o “fortalecimento da esperança no futuro de um mundo melhor”. “Se não cuidarmos uns dos outros não curaremos o nosso mundo enfermo”, disse António Marto, citando o Papa Francisco.
O cardeal pediu depois oração pela paz no mundo, e de modo particular pelo povo libanês. “Não deixeis de rezar pela paz no mundo. Ao falar da paz quero lembrar o querido povo, hoje tão martirizado pela guerra, o povo do Líbano, martirizado pela guerra e pela catástrofe que matou e deixou muitas pessoas sem casa. Façamos um momento de silêncio e oração por este povo”, pediu o cardeal.
O bispo de Leiria-Fátima dirigiu ainda uma saudação aos bombeiros, que enfrentam os fogos florestais, sem esquecer os que perderam a vida no combate às chamas. O purpurado enviou ainda uma “saudação especial” aos doentes e suas famílias, e de forma particular aqueles que se encontram em sofrimento devido à atual pandemia, de que também são exemplo os idosos, que “residem nos lares ou nas suas casas e sofrem solidão”. António Marto não deu por concluída a sua intervenção sem antes deixar uma bênção especial às crianças, em nome de Cristo e dos três pastorinhos, para uma infância feliz.