O Dia Mundial da Ajuda Humanitária é assinalado nesta quarta-feira, 19 de agosto. Este ano, a efeméride é uma ocasião para prestar homenagem aos cidadãos que estão a dar uma resposta à atual pandemia. Numa mensagem dedicada à data, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), lembra que aqueles que se encontram a lidar com casos de Covid-19 “superaram enormes desafios para salvar e melhorar a vida de milhões de pessoas”.
O responsável afirma que aqueles que trabalham para conter o novo coronavírus são “heróis anónimos da resposta à pandemia” e, com frequência, “arriscam as suas próprias vidas para salvar a vida dos outros”. Neste sentido, o secretário-geral das Nações Unidas destaca as “ações extraordinárias em tempos extraordinários”, concretizadas por aqueles que tratam os infetados. Guterres lembra ainda que este ano os trabalhadores de ajuda humanitária estão “sobrecarregados como nunca antes”.
O secretário-geral da ONU recorda também outras consequências da atual pandemia, como o aumento das necessidades humanitárias, o desemprego, a suspensão das aulas, e a falta de alimentos, de água e segurança, que colocam milhões de pessoas em sofrimento. Perante um cenário tão complexo, António Guterres destaca a coragem dos profissionais do setor da saúde que “mostram solidariedade e humanidade neste momento de necessidade sem precedentes”.
No que ao setor da saúde diz respeito, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu conta da ocorrência de 1.009 ataques sofridos por profissionais e instalações no último ano, que provocaram 199 mortes e 628 feridos. De acordo com a ONU, pelo menos 483 trabalhadores humanitários foram vítimas de ataques diversos em 2019, que causaram 125 mortes, 234 feridos e 124 sequestros, na sequência de 277 incidentes. A maioria dos ataques teve lugar na Síria, seguida pelo Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Afeganistão, República Centro-Africana, Iémen e Mali.